29/04/2024 às 18h15min - Atualizada em 29/04/2024 às 18h15min

Fiscalização e tecnologia potencializam combate ao desmatamento em SP

Panorama consolida menor índice de áreas de Mata Atlântica com intervenção irregular no Estado nos últimos 5 anos

Portal Governo SP
Paulo Baptista / MMA
O aprimoramento da fiscalização e o uso intensivo da tecnologia para o monitoramento da biodiversidade paulista estão trazendo resultados positivos em termos de proteção às florestas, em especial a Mata Atlântica remanescente no Estado de São Paulo.
 
Os trabalhos levam em conta análises de imagens de satélite e inspeções no local (a cargo da Polícia Militar Ambiental), e em 2023 as intervenções irregulares autuadas na Mata Atlântica em território paulista representaram 1.379 hectares (0,025% dos 5,4 milhões de hectares remanescentes desse bioma), contra 2.088 hectares em 2019, confirmando o menor índice dos últimos 5 anos.
 
Em 2022, o número foi de 1.499 hectares (0,028%). Os dados do Painel Verde do Estado de São Paulo, com recorte do último dia 21/04, apontam 10,8 mil hectares atingidos por intervenção irregular com destruição da vegetação nativa no período de 2019 a 2023, o que representa 0,2% do total de hectares remanescentes no bioma Mata Atlântica.
 
Os números consolidados foram apresentados pela Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB) da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) durante a 433ª Reunião do Plenário do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), realizada na sede da pasta, na capital.
 
“A fiscalização é algo que a gente tem que olhar e seguir nesse aprimoramento em conjunto, assim como na preservação e na restauração”, afirmou a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende. “É algo que já vem sendo feito desde que posto como meta no Dia do Meio Ambiente no ano passado, que é a restauração de 37,5 mil hectares até 2026”, completa a titular da pasta, em alusão ao que está proposto no Plano Estadual do Meio Ambiente, lançado naquela data.
 
Segundo os dados apresentados pela CFB, foram 2.816 alterações identificadas a partir dos levantamentos de imagens de satélite que detectam alterações a partir de 0,04 hectares, ou seja, uma mancha inicial de apenas 400 metros quadrados. O método visa dar precisão para esse tipo de ação e a partir da identificação da alteração é acionada a Polícia Militar Ambiental, que faz a fiscalização de campo e emite as autuações.
 
Para monitoramento, destaca-se ainda que para a efetividade do trabalho coordenado de proteção e fiscalização, a automatização na detecção de alterações na vegetação envolve maior precisão com uso de imagens de satélites, assertividade e foco nos esforços em campo para controle no acompanhamento das ações e das obrigações para reparação dos danos ambientais. Ao todo, o Estado conta com 4,71 milhões de hectares de áreas protegidas terrestres e marinhas.
 

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