14/05/2024 às 18h50min - Atualizada em 14/05/2024 às 18h50min

Animação sobre a vida no mar estreia nesta sexta-feira (17) na UFSCar

Estudantes de escolas públicas e particulares de São Carlos e Ibaté participarão do lançamento da série completa

Gisele Bicaletto / CCS - UFSCar
Portal UFSCar
ICC-UFSCar
Na próxima sexta-feira, 17/05, será lançada a série de animação "Max e sua turma em: Descobrindo o mar", com três episódios, elaborada pela parceria entre o projeto internacional de pesquisa e extensão "AtlantECO", vinculado à Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o Instituto da Cultura Científica (ICC) da Universidade.
 
Voltado às pesquisas que subsidiam a preservação do oceano e à disseminação da cultura oceânica, o projeto lança a série para o público infantil, com informações sobre os serviços ecossistêmicos que o mar oferece, o excesso de resíduos plásticos no oceano e a importância desse bioma para a temperatura do planeta.

Uma exibição inaugural do primeiro episódio, "O mar que a gente respira", foi realizada no ano passado e, agora, estudantes de escolas públicas e particulares de São Carlos (SP) e da vizinha Ibaté participarão do lançamento da série completa.

Na animação, Max Plâncton é um zooplâncton curioso que adora se aventurar por diferentes locais do oceano para aprender mais sobre o fundo do mar e conhecer novos amigos. Na companhia de Emiliana e Juba, suas amigas inseparáveis, ele passeia desde o Oceano Austral até Abrolhos, na Bahia. A turma conhece novos personagens, suas histórias e desafios para viver no mar.
 
O primeiro episódio apresenta o começo das aventuras de Max, Juba (uma baleia jubarte) e Emiliana (fitoplâncton), em que descobrem mais sobre os microrganismos que vivem no mar e os importantes serviços que eles oferecem ao planeta, como a captura do gás carbônico e a fotossíntese. 

"O plástico a caminho do mar" é o segundo episódio e mostra os problemas enfrentados pela tartaruga Tamara com o excesso de plástico e microplástico depositados no mar. Max e sua turma conhecem a nova amiga enquanto ela passa por apuros por engolir um pedaço de plástico confundindo-o com um alimento. A partir daí, as personagens entendem a gravidade do problema e os sérios impactos que o plástico pode causar no bioma marinho.
 
No terceiro episódio, "Vento quente e chuva fria!", a turma de Max precisa ajudar o pequeno Jorge, um pinguim que se perdeu da família por ter entrado em corrente marítima errada. Além de entenderem mais sobre a influência mútua entre as correntes marítimas e a temperatura do planeta, a turma vai em busca dos familiares do novo amigo até a região de Abrolhos, no litoral do nordeste brasileiro.

Em todos os episódios da série, os habitantes do fundo do mar conversam com cientistas para tirar dúvidas e aprender com os especialistas. Os docentes participantes da série são Hugo Sarmento, do Departamento de Hidrobiologia da UFSCar e coordenador no projeto AtlantECO; Rubens Lopes, da Universidade São Paulo (USP); e Andréa Freire, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), integrantes da equipe brasileira envolvida no AtlantECO.

A produção da série teve início em 2022 e todo o conteúdo e o roteiro foram elaborados a partir da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), visando aproximar o conhecimento produzido na Universidade para a Educação Básica. A série completa está disponível para acesso gratuito no canal UFSCar Oficial no YouTube, para que os professores possam utilizá-la como material complementar no ensino dos conteúdos.
 
Todos os episódios são legendados em português, inglês e espanhol. "É uma felicidade lançar a série, depois de longos meses de muito trabalho. É, em alguma medida, uma celebração dos dois anos de atuação do ICC, já que mostra o potencial do modelo que imaginamos para a atuação do Instituto, em parceria com a comunidade de pesquisa, oferecendo apoio especializado para que o conhecimento possa ser preparado para diálogos mais efetivos, e transformadores, com diferentes públicos", comemora a diretora do ICC, a jornalista Mariana Pezzo.

Para o professor Sarmento, iniciativas como a série são importantes para promover a cultura oceânica, mostrando aspectos que influenciam a vida de todas as pessoas. "Começar pelas escolas e pelas crianças é fundamental porque elas levam os conceitos para as gerações futuras, para os adultos em casa, sendo um bom veículo transformador da sociedade. É um considerável esforço para colhermos, no longo prazo, os frutos da sensibilização e do conhecimento sobre o oceano e a importância dele para a vida de todos nós", descreve o coordenador do projeto AtlantECO. 

O lançamento de "Max e sua turma em: Descobrindo o mar" tem início às 9 horas, no Anfiteatro “Bento Prado Júnior”, na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar. Haverá transmissão ao vivo pelo YouTube, neste link, a partir das 9h30. Além da exibição da série, haverá a promoção de atividades lúdicas, com microscópios e lupas para visualização de plâncton vivo. 

Década do Oceano, Escola Azul e Parceiros

O público que vai acompanhar a série presencialmente é formado por estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio de escolas de São Carlos e região. Parte delas pertencem ao programa Escola Azul, coordenado pela iniciativa Maré de Ciência, realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Campus Baixada Santista), pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Unesco, com apoio da Fundação Grupo Boticário. 
 
O programa Escola Azul trabalha de forma transversal o tema oceano dentro do currículo escolar, desenvolvendo o pensamento crítico e criativo para engajar ativamente a comunidade escolar na cultura oceânica, incentivando estudantes a terem uma maior consciência sobre o oceano em prol da sustentabilidade. Só no Brasil, já são 301 escolas azuis cadastradas em 20 estados com mais de 90 mil estudantes participantes. Conheça mais sobre o programa em: https://escolaazul.maredeciencia.eco.br 

O evento de lançamento da série é uma parceria entre a UFSCar, a Unifesp, o programa de extensão Maré de Ciência e a All-Atlantic Blue Schools Network, e integra a iniciativa da Olimpíada Brasileira do Oceano.
 
A produção da série faz parte das ações do AtlantECO - projeto financiado pela União Europeia (EU), que reúne pesquisadores de 13 países da Europa, Brasil e África do Sul, e tem como objetivo desenvolver recursos para melhor compreensão e gestão do Oceano Atlântico, com engajamento também de atores da indústria e gestores públicos, bem como de cidadãos em geral. Os três pilares principais do projeto envolvem o estudo do microbioma oceânico, a questão do plástico nos oceanos e a conectividade na paisagem oceânica.

Estas atividades fazem parte das ações da Década do Oceano da Organização das Nações Unidas - ONU (2021-2030), que engaja diferentes setores da sociedade para discutir e pensar em ações de sustentabilidade do oceano. O Brasil é um país pioneiro na Década do Oceano e foi reconhecido pela Unesco pela primeira Lei da Cultura Oceânica para inclusão do tema nas escolas de Santos (SP), em 2021, fruto de uma coprodução entre ciência e poder público apoiada por projeto do Programa de Políticas Públicas da Fundação de Amparo à Pesquisa o Estado de São Paulo (Fapesp), refletindo, desde então, outras 18 leis municipais e três estaduais em todo o país.  

Ficha técnica

Para a realização da série, junto com outras iniciativas de Comunicação Pública da Ciência, o AtlantECO viabilizou recursos para contratação de profissionais e bolsistas e gravação das vozes. Confira a equipe responsável pela iniciativa:

Gisele Bicaletto - direção, pesquisa, roteiro e redação
Mariana Pezzo - coordenação Geral, argumento e delineamento dos personagens
Tárcio Fabrício - argumento e delineamento dos personagens
Gabriel Scarpat - ilustração
Bêlit Alencar - animação e ilustração
Maurício Xavier - finalização
Hugo Sarmento - direção do projeto AtlantECO
Equipe do Laboratório de Biodiversidade e Processos Microbianos (LMPB) - Revisão do conteúdo científico
Gravação das vozes - Estúdio Berimbau (São Carlos / SP)
 

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