15/05/2024 às 10h32min - Atualizada em 15/05/2024 às 10h32min

Projetos de pesquisa da UFSCar na área da Saúde buscam voluntários na comunidade

Quatro estudos necessitam de pessoas para contribuições no momento

Marcílio José Sabino Lana / CCS - UFSCar
Portal UFSCar
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O método científico, de forma sintética, é sinônimo de observação do método, formulação de hipóteses, realização de experimentos, aceitação ou rejeição da(s) hipótese(s). No campo da Saúde, esses caminhos levam à testagem de novos medicamentos, aperfeiçoamento de procedimentos, avaliação de estratégias de prevenção, busca de novas perspectivas de tratamentos e muito mais.
 
E essas pesquisas necessitam de voluntários, que precisam participar espontaneamente, sem qualquer tipo de recompensa. A seguir, são apresentados quatro projetos de pesquisa da UFSCar que necessitam de voluntários e voluntárias. 

Tratamento da dor lombar crônica
 
A dor lombar inespecífica e de longa duração está em terceiro lugar dentre as causas de incapacidade no Brasil. Diferentes estudos buscam estratégias de tratamento e intervenções para tratar o problema e aliviar os sintomas dos pacientes que convivem com a lombalgia crônica.
 
A causa da dor lombar é multidimensional e diversos fatores de risco estão associados, como por exemplo, o sedentarismo, a obesidade, o estresse, entre outros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população mundial já teve ou terá dor na base da coluna, conhecida como dor lombar. Ainda segundo a OMS, somente a dor de cabeça supera a dor lombar. 

Atualmente, um grupo de pesquisa em "Práticas Integrativas e Complementares", vinculado ao Departamento de Medicina (DMed) e à Unidade Saúde Escola (USE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realiza um estudo clínico para avaliar a efetividade de uma estratégia de homeopatia no tratamento da dor lombar. A pesquisa está convidando pessoas voluntárias para avaliação e tratamento gratuitos na Instituição.

De acordo com Maristela Adler, docente do DMed e investigadora clínica do estudo, a dor lombar é tradicionalmente tratada com medidas não farmacológicas (fisioterapia, exercícios físicos, acupuntura, entre outras) e farmacológicas, muitas vezes com anti-inflamatórios, "medicamentos com sérios efeitos adversos e pouca efetividade a longo prazo".
 
"Ainda não sabemos como a homeopatia vai contribuir para tratar essa dor, mas há estudos recentes demonstrando que medicamentos homeopáticos podem modificar funções celulares por mecanismos epigenéticos, que modificam a leitura dos genes pelas células, sem alterar DNA, e a descoberta de nanopartículas e de propriedades físicas específicas nos solventes das preparações homeopáticas", destaca Maristela.

A docente aponta que a expectativa da pesquisa é a "superioridade do medicamento homeopático em relação ao placebo, tanto estatística como clínica. Esperamos que os pacientes com lombalgia crônica possam sentir um alívio importante na dor com o uso da homeopatia, facilitando as atividades da vida diária, a prática de exercícios físicos, posturais e muito mais".

Para realizar o estudo são convidados homens e mulheres, com idade entre 20 e 60 anos, que tenham dor lombar há, pelo menos, três meses. Os voluntários passarão por avaliação inicial e por três consultas presenciais durante oito semanas. Pessoas interessadas devem agendar a avaliação pelo WhatsApp (16) 99609-1505. 

Autoeficácia em amamentação: um olhar sob as interseccionalidades
 
Um projeto de iniciação científica, desenvolvido no Departamento de Enfermagem (DEnf) da UFSCar, tem como objetivo avaliar a autoeficácia na amamentação através da teoria da interseccionalidade. A expectativa é analisar quais fatores estão envolvidos no protagonismo da população negra em relação à amamentação, para além de questões socioeconômicas. 
 
O trabalho é realizado pela graduanda em Enfermagem Lara Furlan Batista, sob orientação de Natália Sevilha Stofel, docente do DEnf, e conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

A teoria da interseccionalidade identifica que as diversas formas de preconceito e desigualdades sociais direcionadas a um grupo se somam, gerando novas vivências e consequências para aqueles que sofrem essas violências.
 
O estudo apresenta um diferencial relacionado com a procura de evidenciar que, embora a taxa de amamentação presente entre mulheres pretas e pardas seja maior, há controvérsia, uma vez que elas enfrentam violências e situações que comprometem a eficácia do aleitamento humano com mais frequência do que as mulheres brancas. Para desenvolver a pesquisa, estão sendo convidadas pessoas a partir de 18 anos que tenham amamentado nos últimos dois anos. Os participantes precisam apenas responder este questionário online, que leva cerca de oito minutos.

Sofrimento psíquico associado ao trabalho
 
Estudo, intitulado "Ideologia gerencial e sofrimento psicossocial: o trabalho de servidores(as) em uma universidade pública brasileira", tem como objetivo investigar como (e se) atividades laborais em uma instituição pública de ensino superior brasileiro se correlacionam com vivências / sintomas de sofrimento psíquico. 
 
A realização do estudo é direcionada por interesses científicos e integra o projeto de mestrado em Psicologia pelo estudante João Marcos Leão Roldão. 

Serão realizadas entrevistas com esses(as) trabalhadores(as) com perguntas relacionadas à situação de trabalho, descrições quanto ao funcionamento das atividades em seu setor / departamento, bem como possíveis sintomas e vivências de sofrimento associados à ocupação.

Para quem tem interesse em participar é preciso entrar em contato com o pesquisador, via WhatsApp, pelo número (14) 99116-2406, ou pelo link https://api.whatsapp.com/send?phone=5514991162406&text=; ou ainda pelo e-mail [email protected]

Inteligência emocional e processos de resiliência em adultos
 
A pesquisa de iniciação científica "Inteligência emocional e processos de resiliência em adultos", conduzida pelo estudante de Psicologia, Fernando José Porto de Almeida, sob orientação de Monalisa Muniz Nascimento, docente do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar, pretende avaliar a relação entre os níveis de resiliência e de inteligência emocional em uma amostra de adultos.

A inteligência emocional (IE) pode ser definida como a capacidade mental de processamento cognitivo para avaliar, compreender e expressar emoções bem como perceber e / ou gerar sentimentos e controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual.
 
Enquanto isso, a resiliência pode ser entendida como a capacidade de um sistema dinâmico em adaptar-se de forma bem-sucedida a uma situação perturbadora que ameaça seu desenvolvimento e o desempenho de seu funcionamento global, tendo entre seus fatores protetivos características disposicionais do indivíduo, como bem estar subjetivo, competência emocional e inteligência, além da elaboração de vínculos que forneçam suporte emocional em momentos de dificuldade. 

Dessa forma, entende-se que a IE possa contribuir significativamente para a constituição de atributos individuais de resiliência mais efetivos, que auxiliem na adaptação a eventos estressores, visto que é um construto importante para o fortalecimento do poder protetivo das características disposicionais do indivíduo, bem como fundamental para a construção de laços afetivos profundos e saudáveis. A pesquisa parte da hipótese de que quanto maior a IE, maiores os níveis de resiliência em adultos.

Para testar essa hipótese, adultos entre 18 e 60 anos são convidados a responder quatro questionários on-line, sendo eles um para caracterização da amostra; o Critério de Classificação Econômica do Brasil, para avaliação socioeconômica; o Inventário de Competências Emocionais (ICE-R), para avaliação da IE; e a Escala de Resiliência do Adulto (RSA), para avaliação da resiliência. Os dados serão correlacionados e analisados estatisticamente.

Os interessados devem preencher este formulário (https://forms.gle/Cxp36dcafNo7xvDn7) até o dia 30/05. O preenchimento leva em torno de 15 minutos. Mais informações constam no formulário de inscrição.


 
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