22/08/2024 às 22h08min - Atualizada em 22/08/2024 às 22h08min

Estudo que avalia perfil cardiorrespiratório em casos de artrose de joelho busca voluntários

Pesquisa de mestrado é conduzida na UFSCar e precisa de pessoas entre 40 e 65 anos, com ou sem artrose no joelho, que desejem avaliar a saúde do coração e pulmões

Gisele Bicaletto / CCS - UFSCar
Portal UFSCar
Pixabay
A osteoartrite de joelho (OAJ), também conhecida como artrose, é uma doença musculoesquelética degenerativa que acomete a articulação e oferece importantes impactos na qualidade de vida das pessoas, sendo uma das condições de saúde mais prevalente na população.
 
A OAJ não tem cura, mas pode ser tratada com a prática de exercícios físicos adequados e com orientação de médicos e profissionais de saúde. Devido à dor, muitos pacientes acabam tendo limitações físicas, o que impacta o condicionamento cardiorrespiratório desses indivíduos.
 
É nesse contexto que uma pesquisa de mestrado em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pretende atuar para entender o perfil cardiorrespiratório da população com a doença.
 
O estudo transversal convida voluntários que receberão avaliações gratuitas e receberão cartilhas com orientações de atividades físicas adequadas para a condição de artrose.

A pesquisa é conduzida pela mestranda Ana Karoline Nazario, sob orientação de Paula Regina Serrão, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar. A mestranda indica que ainda não há estudos voltados a esse contexto.
 
"O que sabemos é que devido à dor e à limitação de movimento, pessoas com OAJ geralmente têm menor capacidade aeróbica e níveis mais baixos de atividade física, o que pode levar a uma diminuição na capacidade cardiorrespiratória em comparação com a população saudável", explica Ana Karoline. 

A mestranda da UFSCar aponta que entender o perfil cardiorrespiratório de pessoas com OAJ é crucial, porque a capacidade cardiorrespiratória está intimamente ligada à funcionalidade geral e à qualidade de vida desses pacientes.
 
"A osteroartrite é uma condição debilitante que causa dor, rigidez e limitações de movimento, o que pode levar a um estilo de vida sedentário e, consequentemente, à deterioração da capacidade cardiorrespiratória. Avaliar precisamente esse perfil ajuda na prescrição de exercícios aeróbicos adequados, que são fundamentais para a reabilitação e manutenção da saúde desses indivíduos", destaca ela.

Entre os impactos que a diminuição da capacidade cardiorrespiratória e o sedentarismo decorrentes da OAJ podem causar aos pacientes, estão a redução da qualidade de vida, incluindo a dificuldade em realizar atividades diárias e de lazer; maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 02 e obesidade; maior dependência de cuidadores e familiares; isolamento social devido à limitação física, o que pode ocasionar depressão e ansiedade; além da progressão da doença uma vez que o sedentarismo pode exacerbar os sintomas da artrose e limitar ainda mais a mobilidade da pessoa.
 
Diante desses impactos negativos da OAJ, Ana Karoline aponta a importância do estudo: "O resultado da avaliação da capacidade cardiorrespiratória e da resposta ao exercício nesses pacientes pode fornecer diretrizes específicas para a prescrição de programas de exercícios. Isso inclui identificar o tipo, a intensidade e a frequência dos exercícios mais eficazes para melhorar a capacidade aeróbica, aliviar a dor e melhorar a funcionalidade".

Voluntários

Para realizar a pesquisa estão sendo convidadas pessoas, entre 40 e 65 anos, com ou sem artrose no joelho, que desejem avaliar a saúde do coração e pulmões. Todos os participantes passarão por avaliações funcionais, incluindo a análise de variáveis cardiorrespiratórias e a aplicação do Teste de Exercício Cardiopulmonar (TECP).
 
Além disso, serão aplicados questionários e analisado o comportamento sedentário dos participantes. As pessoas voluntárias receberão todos os laudos dos testes realizados e uma cartilha com exercícios específicos para o joelho.

As pessoas interessadas em participar do estudo podem entrar em contato com a mestranda até o final deste ano pelo e-mail [email protected] ou pelo Whatsapp (16) 99731-3008. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar.
 

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