11/06/2024 às 15h03min - Atualizada em 11/06/2024 às 15h03min

Estudo aponta tratamento inovador com laser para tratar distúrbios do sono

Pacientes da pesquisa, com sequelas pós covid-19 ou com fibromialgia, relataram as inúmeras dificuldades que tinham em adormecer

Rui Sintra e Adão Geraldo / Assessoria de Comunicação IFSC - USP
Portal USP São Carlos
Ilustração
Pesquisadores(as) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), do Centro Universitário Central Paulista (Unicep), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Texas A&M University (EUA), publicaram recentemente um estudo-piloto que confirma a eficácia da aplicação de fotobiomodulação e ultrassom como tratamento para pacientes com distúrbios do sono.
 
A aplicação, de laser e ultrassom, surgiu já há algum tempo após os pesquisadores terem verificado melhorias substanciais em pacientes com sequelas pós covid-19 e em pacientes fibromiálgicos, todos eles sofrendo de distúrbios do sono, tendo sido sujeitos ao mesmo procedimento.
 
A pesquisadora Vanessa Garcia, mestranda (Unicep / IFSC-USP) e uma das autoras do estudo, confirma que durante os respectivos processos de reabilitação fisioterápica os pacientes com sequelas pós covid-19 ou com fibromialgia, relataram as inúmeras dificuldades que tinham em adormecer, ou mesmo ausência de sono durante dias consecutivos, algo que motivou a realização deste estudo-piloto.
 
“Para a concretização deste estudo realizamos uma chamada de 20 pacientes já diagnosticados com distúrbios de sono e dividimos os pacientes em dois grupos de 10 pessoas cada. Um grupo foi constituído por pacientes que utilizavam medicamentos para controlar o distúrbio do sono e o outro grupo constituído por pessoas que, apesar de terem o mesmo diagnóstico e sintomas, não utilizavam qualquer tipo de medicação”, salienta a pesquisadora.
 
O pesquisador Antônio Eduardo de Aquino Júnior (IFSC-USP / UFSCar), que também assina o estudo, pontua que o objetivo foi também avaliar outros fatores que estão intrinsecamente ligados com os distúrbios do sono, como, por exemplo, ansiedade, depressão e a própria desordem de sono por meio de um questionário específico.
 
Nesse contexto, constatou-se o fato de que essa intervenção por meio do laser e ultrassom tem dado resultados promissores, independentemente do tipo de projeto, ao nível de uma redução da ansiedade, algo que se confirmou neste estudo, principalmente em pacientes que fazem uso da medicação.
 
“Quando avaliada a questão do distúrbio do sono propriamente dito, observamos que tanto em pacientes que fazem uso de medicamentos, como nos que não fazem uso, os resultados foram extremamente positivos”, comemora o pesquisador.
 
Contudo, segundo ele, o mais importante foi observar que a ação da terapia junto ao medicamento consegue potencializar o seu efeito. “Quando fizermos um estudo maior acredito que iremos avaliar algumas situações, como, por exemplo, se o retorno dos pacientes à normalidade vai ser num tempo menor e, se atendendo à avaliação do médico, haverá a possibilidade de uma redução do medicamento também num tempo menor. Então, são situações que precisam ser ainda estudadas, mas é um caminho bem interessante que estamos tomando”, acrescenta Aquino Júnior.
 
Ao aplicar a combinação da terapia por intermédio de laser e ultrassom nas palmas das mãos e nas plantas dos pés de cada paciente, por seis minutos, ao longo de 10 sessões, duas vezes por semana, os resultados foram extraordinários.
 
“De fato, como o Dr Aquino mencionou, o tratamento foi eficaz nos dois grupos, com um destaque especial para o grupo que usa medicamentos controlados, que teve uma melhora mais significativa ainda, o que nos leva a concluir que esse tratamento potencializa também essa ação do medicamento, auxiliando nos quadros de ansiedade e depressão”, indica Vanessa.
 
Além de Aquino Júnior e Vanessa, assinam o estudo os(as) pesquisadores(as) Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP - Texas A&M University - UFSCar); Tiago Zuccolotto Rodrigues (Unicep - IFSC/USP); e Heloísa Giangrossi Machado Vidotti (Unicep).
 
Para acessar o estudo completo, clique AQUI.
 

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