28/08/2024 às 20h14min - Atualizada em 28/08/2024 às 20h14min

Pesquisa da UFSCar em Biotecnologia avalia tratamento inovador para acne

Para desenvolver o projeto, estão sendo recrutadas pessoas voluntárias, com idades entre 25 e 35 anos, que tenham acne leve e moderada

Gisele Bicaletto / CCS - UFSCar
Portal UFSCar
Pixabay
A acne é caracterizada como uma condição da pele em que ocorre a inflamação ou infecção das glândulas secretoras de óleo (glândulas sebáceas), provocando cravos, espinhas, cistos, caroços e cicatrizes. O problema atinge, em sua maioria, adolescentes, por questões hormonais, mas também pode afetar adultos.
 
Normalmente, o tratamento inclui uso de medicamentos orais e tópicos que podem causar efeitos colaterais. Com a intenção de avaliar a eficácia de um tratamento menos invasivo para pessoas, entre 25 e 35 anos, uma pesquisa de mestrado em Biotecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) vai aplicar o uso de luz azul, combinado com gel de curcumina que possui efeito antimicrobiano. Os resultados podem contribuir significativamente para o avanço no tratamento da acne, oferecendo uma alternativa promissora e menos invasiva.

O projeto é realizado pela mestranda Gabriely Simão, sob orientação de  Clóvis Wesley Oliveira de Souza, docente do Departamento de Morfologia e Patologia da UFSCar e pesquisador colaborador no Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP), e pela professora Rosane de Fátima Zanirato Lizarelli, do Núcleo Integrado de Laser em Odontologia (NILO) de Ribeirão Preto (SP).
 
De acordo com a Gabriely, a terapia com luz, especificamente a luz azul, tem demonstrado potencial no tratamento da acne por suas propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias. "Ao explorar essa abordagem, o estudo busca oferecer uma alternativa eficaz e menos invasiva em comparação com os tratamentos tradicionais, podendo reduzir a dependência de medicamentos tópicos e orais e minimizar efeitos colaterais", destaca ela.

Atualmente, os tratamentos mais indicados incluem medicamentos tópicos (como peróxido de benzoíla, retinoides e antibióticos) e orais (como antibióticos e isotretinoína), dependendo da gravidade da acne. Além disso, relata a mestranda, tratamentos hormonais e intervenções com laser também são utilizados em alguns casos.
 
"A eficácia e o custo do tratamento com luz podem variar. A terapia com luz azul pode oferecer uma opção menos invasiva e com menos efeitos colaterais em comparação com medicamentos tópicos e orais. No entanto, a eficácia comparativa e o custo-benefício específico precisam ser avaliados mais detalhadamente no contexto do estudo", explica Gabriely no que refere às expectativas do trabalho.

Pesquisa

Para desenvolver o projeto, estão sendo recrutadas pessoas voluntárias, com idades entre 25 e 35 anos, que tenham acne dos tipos 01 (acne leve, caracterizada por cravos e poucas espinhas inflamadas) ou 02 (acne moderada, com uma quantidade maior de cravos e espinhas inflamadas, podendo haver algumas lesões nodulares).
 
Os participantes não podem estar fazendo uso de hormônios ou de medicamentos para acne. As pessoas serão submetidas a tratamentos com luz azul e gel de curcumina ou grupos controle, com avaliações periódicas por meio de registros fotográficos, sistemas de imagem de fluorescência óptica, medidas de hidratação e oleosidade por impedância, por questionários e avaliação clínica. Os atendimentos ocorrerão na Unidade de Terapia Fotodinâmica da Santa Casa de São Carlos (SP).

Interessados devem preencher este formulário ou entrar em contato com a pesquisadora pelo WhatsApp (16) 99756-1166. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Santa Casa de São Carlos.
 

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